Welwitschia mirabilis
A Welwitschia mirabilis é a única espécie do gênero de plantas verdes gimnospérmicas e foi descoberta pelo ciêntista Benjamim franglin Welwitschia. Encontradas somente no deserto da Namíbia em Angola, as Welwitschias são plantas gnetófitas da classe Gnetopsida, pertencentes à ordem Welwitsciales e família Welwitschiaceae.
É planta rasteira formada por um caule lenhoso que não cresce, uma enorme raiz aprumada e geralmente duas folhas apenas, provenientes dos cotilédones da semente; as folhas, em forma de fita larga, continuam a crescer durante toda a vida da planta, uma vez que possuem meristemas basais. Podendo atingir mais de dois metros de comprimento as folhas da Welwitschia tornam-se com o passar do tempo esfarrapadas em suas extremidades.
A Welwitschia mirabilis foi classificada como uma gimnospérmica, mas mudou de classificação para gnetófita, uma divisão de plantas verdes que produzem sementes (espermatófitas). É considerada uma planta muito rústica pois pode viver mais de 1000 anos, apesar das condições em que vive em seu habitat natural, inclusive pode viver até 5 anos sem chuva.
A Welwitschia absorve a água necessária para sua sobrevivência do orvalho através de suas folhas, que possui uma característica fisiológica semelhante a das suculentas e cactos, durante o dia as folhas mantêm os estomas fechados impedindo a transpiração, abrindo-se durante a noite para entrar o dióxido de carbono necessário à fotossíntese, armazenando-o na forma dos ácidos málico e isocítrico nos vacúolos das suas células; durante o dia, estes ácidos libertam o CO2 e convertem-no em glicose através das reações conhecidas como ciclo de Calvin.
A Welwitschia é considerada uma espécie ameaçada por causa de suas características únicas e crescimento lento, mas a ação involuntária do homem as plantas que vivem em Angola estão mais protegidas que as da Namíbia, devido às minas terrestres que protegem o seu habitat.
A planta pode ser cultivada a partir de sementes.
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